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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

“Vivendo e Não Aprendendo”(Warner, 1986), Ira!

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O Ira! havia causado uma boa impressão com o seu álbum de estreia, o Mudança de Comportamento , lançado em maio de 1985. Puxado pelo hit “Núcleo Base”, Mudança de Comportamento chegou à casa das 60 mil cópias vendidas. Se não era um número tão expressivo comparado às 450 mil cópias de Nós Vamos Invadir A Sua Praia , do Ultraje A Rigor ou às 300 mil de Revoluções Por Minuto , do RPM, também lançados em 1985, por outro ajudou juntamente com esses álbuns, ao rock paulista fazer frente ao rock carioca que até aquele momento, dominavam o mainstream do cenário roqueiro nacional que vivia um momento de renovação nos anos 1980 desde o estouro da Blitz em 1982. E maio de 1986, o Ira! foi para o Rio de Janeiro onde começou a gravar o seu segundo álbum, o Vivendo E Não Aprendendo , no estúdio Nas Nuvens, de propriedade de Liminha, ex-baixista dos Mutantes e que se tornou um renomado produtor de discos. Liminha tinha até aquele momento produzido discos de artistas como Gilberto Gil, Lu...

C'est Chic - Chic

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"But I must explain to you how all this mistaken idea of denouncing pleasure and praising pain was born and I will give you a complete account of the system, and expound the actual teachings of the great explorer of the truth, the master-builder of human happiness. No one rejects, dislikes, or avoids pleasure itself, because it is pleasure, but because those who do not know how to pursue pleasure rationally encounter consequences that are extremely painful. Nor again is there anyone who loves or pursues or desires to obtain pain of itself, because it is pain, but because occasionally circumstances occur in which toil and pain can procure him some great pleasure. To take a trivial example, which of us ever undertakes laborious physical exercise, except to obtain some advantage from it? But who has any right to find fault with a man who chooses to enjoy a pleasure that has no annoying consequences, or one who avoids a pain that produces no resultant pleasure?" "At...

“Madonna”(1983), Madonna

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Em 1983, o mundo vivia "chapado" com o megasucesso do álbum Thriller de Michael Jackson, lançado no final de 1982. Enquanto isso, julho de 1983, chegava às lojas o primeiro álbum de uma jovem cantora loirinha de descendência italiana e que se tornaria a maior cantora pop de todos os tempos: Madonna. O primeiro disco de Madonna, que leva simplesmente o nome da cantora - também chamado de Firts Album - era o resultado da vivência musical dela, uma combinação de rock, pop e referências da disco music. Já ali, no primeiro disco, através de faixas como "Everybody" e "Physical Attraction", Madonna já era provocativa e mostrava em pequenas doses, a estrela com forte apelo sexual que viria a ser mais à frente. O disco também mostra o propósito de Madonna, o de ser uma cantora especialista em músicas dançantes, uma clara herança dos tempos em que fizera balé e frequentava as discotecas de Nova York no final dos anos 1970, onde conheceu vários DJ’s qu...

Pérola Negra (Philips,1973), Luiz Melodia

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Algumas vidas se revelam como nota de rodapé, a sombra, o apêndice de um único gesto da juventude. Por mais que um artista queira se subtrair do estigma, este se impõe contra a vontade do criador, como letra marcada a feno. Aos 46 anos de idade, o compositor e cantor carioca Luiz Melodia tenta esquecer em que ano estamos - exatamente como nos versos de "Pérola Negra". a faixa-título do seu primeiro LR de 1973. Houvesse ele abandonado a carreira para virar contrabandista na África, como o poeta Arthur Rimbaud (outro maldito pelos feitos juvenis), ainda assim seria lembrado por causa de Pérola Negra. Estacou ali, aos 23 anos, num ano que todo mundo já esqueceu, salvo ele.                 Melodia extraiu material do Estácio, bairro-berço do samba clássico, cuja forma foi fixada em 1931 pelos bambas do local, como Ismael Silva. Bide, Balaco e Brancura. Seu pai, o violonista Osvaldo Melodia, freqüentava a ro...